Mesmo que com liberdades poéticas, conhecemos através do longa-metragem A Mulher Rei mais sobre a cultura e a história desses povos — seja por meio dos cantos, das roupas, da política e muito mais.
Nem os temas delicados são deixados de lado: o roteiro não foge da polêmica relação daqueles povos com os colonizadores e exploradores portugueses, incluindo a conivência com a escravidão, nem do machismo estrutural que também existia por lá.
Por tudo isso, não espere um filme de ação simplista: este é mais um drama que mergulha fundo nas raízes culturais da África e que, de lá, colhe uma história de empoderamento.
É a retomada de uma árvore genealógica que foi arrancada desses povos que foram subjugados, sequestrados e escravizados em outras partes do mundo. Restabelece o seu lugar de direito, de descendentes de reis, rainhas, guerreiros, fazendeiros e de pessoas que tinham a sua vida e a sua história em solo africano.
*Com informações da coluna Na Sua Tela publicada em 22/09/2022